A dieta Low FODMAP (Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides, and Polyols) é uma abordagem dietética utilizada para ajudar a gerenciar os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII) e outras condições gastrointestinais funcionais.
Embora seja bastante eficaz para muitas pessoas, especialmente na redução de sintomas, não é adequada para todos e pode ter algumas contra-indicações:
Desnutrição
Transtorno alimentar ativo
Presença de outras restrições alimentares importantes
Grávidas e crianças
Incapacidade de compreender e/ou aplicar a dieta
Diagnóstico inadequado ou não confirmado
Nestas condições, a dieta low FODMAPs não é indicada devido maior risco de inadequação nutricional, alterações do estado nutricional, saúde psicológica e microbiota alterada. Cada caso precisa ser avaliado individualmente para determinar riscos e benefícios.
Quando a dieta low FODMAPs não é indicada, a abordagem dietética precisa ser modificada, reduzindo o nível de restrição e adaptando a dieta para a realidade do paciente. Sintomas, preferências e dieta habitual devem ser considerados e adequados em conjunto com outras mudanças do estilo de vida.
Para pessoas com histórico ou risco ou com distúrbios alimentares ativos, a natureza restritiva da dieta pode exacerbar comportamentos alimentares desordenados ou contribuir para a ansiedade em relação à alimentação.
A dieta Low FODMAPs não deve ser adotada por pessoas que não têm diagnóstico de SII ou outra condição gastrointestinal funcional que justifique a dieta. Muitas condições gastrintestinais podem ter sintomas parecidos, mas tratamentos completamente distintos.
Recomendações:
Quando indicada, a dieta Low FODMAP deve ser implementada sob a orientação de um nutricionista treinado que pode ajudar a garantir que a dieta seja equilibrada e adequada às necessidades individuais.
A dieta deve seguir 3 fases: restrição, reintrodução e personalização.
Referência
Halmos EP, Gibson PR. J Gastroenterol Hepatol. 2019;34(7):1134-42.
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