Doença de Crohn
- Natasha Machado
- 22 de jun. de 2024
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A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica, caracterizada por lesões que podem afetar todo o trato gastrintestinal e se apresenta com períodos de atividade e remissão.
Apesar dos avanços no tratamento médico, esta condição permanece associada a morbidade e ao uso de medicamentos que envolvem supressão imunológica com um risco associado de infecções graves, sequelas malignas e autoimunes.
A desnutrição pode ocorrer por vários motivos:
Falta de apetite e menor ingestão de alimentos é comum e ocorre por dores abdominais, diarréia, náuseas, vômitos, restrições dietéticas, alterações no paladar, dietas inadequadas ou anorexia.
Má absorção de nutrientes também podem ocorrer devido ressecções cirúrgicas, progressão da doença extensa, proliferação de bactérias ou por deficiência de sal biliar (componente da bile, necessária à digestão).
A deficiência de vitamina B12 e perdas de magnésio, zinco e cálcio podem estar associadas aressecção do íleo terminal e proliferação bacteriana.
Dieta
A terapia dietética é cada vez mais reconhecida para o tratamento da doença de Crohn.
Nos períodos de remissão, a dieta oral deve ser normal. Durante as crises e fase ativa, é importante evitar alimentos que sabidamente fazem mal ao paciente, mas outras alterações podem ser necessárias até a melhora dos sintomas. A exclusão de leite e derivados, alimentos ricos em resíduos (fibras), sacarose e gordura pode ser considerada.
A dieta de exclusão da doença de Crohn é uma dieta concebida para reduzir a exposição a componentes dietéticos que são potencialmente pró-inflamatórios, mediados por efeitos negativos na microbiota intestinal, na resposta imunitária e na barreira intestinal.
A dieta de carboidratos específicos foi desenvolvida para pacientes com doença celíaca, mas pode auxiliar na melhora de sintomas e melhora da qualidade de vida do paciente. Esta intervenção pode auxiliar a cicatrização da mucosa, reduzindo índices inflamatórios.
A dieta low FODMAPs é uma intervenção nutricional que exclui carboidratos altamente fermentativos e pode auxiliar na melhora da diarreia, inchaço, distensão e dor abdominal.
A dieta para pacientes com ostomias (abertura - estoma - na parede abdominal para permitir a saída de fezes ou urina) deve ser cuidadosamente planejada para garantir nutrição adequada, minimizar desconfortos gastrointestinais e evitar bloqueios intestinais e desidratação. A dieta pode variar dependendo do tipo de ostomia (ileostomia ou colostomia) e do indivíduo.