Você já comeu alguma coisa e teve que sair correndo para o banheiro? Tem muitos gases, cólicas, dor e distensão abdominal?
Isso não é normal! Em alguns casos, pode ser síndrome do intestino irritável (sii), uma alteração funcional de origem multifatorial que compromete o eixo cérebro-intestino. O diagnóstico é clínico (precisa ser feito pela avaliação de um médico) após a exlusão de outras doenças.
A dieta é parte importante do tratamento e pode atuar na melhora dos sintomas. FODMAPs são substâncias fermentáveis naturalmente presentes em alimentos, mais precisamente polióis e alguns tipos de carboidratos (oligossacarídeos, dissacarídeos e monossacarídeos).
A digestão e absorção de FODMAPs depende de enzimas e receptores, mas também podem ser afetadas pela dose consumida, tempo de trânsito intestinal, alterações da mucosa e doenças funcionais. Por isso, FODMAPs podem ser indigeríveis ou de absorção lenta.
Sua permanência no intestino aumenta o conteúdo de água intestinal e produção de gases, pois algumas dessas substância possuem atividade osmolar e outras são fermentadas pela microbiota intestinal.
O movimento de gás e água causa estiramento da parede intestinal e estímulo do sistema nervoso entérico, que gera dor e distensão abdominal, bem como diarreia e/ou constipação.
As percepção de dor e desconforto estão aumentadas em pessoas com maior sensibilidade intestinal.
A dieta pobre em FODMAPs é uma intervenção nutricional que foi desenvolvida para auxiliar o controle de sintomas. Essa dieta possui baixa fermentação e deve ser feita por um período de 4 a 6 semanas, sob supervisão de um nutricionista treinado, obrigatoriamente em 3 fases: redução, reintrodução e personalização.
Não é recomendado que o paciente siga esta dieta por longos períodos, pois isto pode levar a carências nutricionais e distúrbios alimentares.